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Vou transcrever uma mensagem que recebi hoje:
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Um organismo internacional reconheceu mérito educativo, pela primeira vez, a uma escola pública portuguesa. Quando entregar o prémio, a escola já foi extinta...
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EB23 de Pias ganhou um prémio internacional mas vai fechar
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EB23 de Pias ganhou um prémio internacional mas vai fechar
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DREN extingue escola premiada
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«A escola EB 23 Padre Agostinho Caldas Afonso foi extinta pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) em Abril passado. Fecha as portas em Agosto.
«A escola EB 23 Padre Agostinho Caldas Afonso foi extinta pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) em Abril passado. Fecha as portas em Agosto.
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Na semana passada, o conselho executivo recebeu o aviso de que a escola tinha sido escolhida para receber o "Prémio Iberoamericano de Excelência Educativa 2007" por um organismo internacional não governamental. "A princípio, julgámos que se tratava de uma brincadeira", confessou João Vilar, responsável do estabelecimento de ensino.
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Mas não estavam a brincar. Em Setembro, no Panamá o Conselho Iberoamericano para a Qualidade Educativa, aguarda a presença dos dirigentes da escola para lhe entregar o prémio, em cerimónia oficial. "Não decidimos, ainda, o que vamos fazer", diz João Vilar. Nessa altura, de facto, já a escola estará fechada e os professores - presidente do conselho executivo incluído - estarão colocados noutro estabelecimento de ensino.»
Na semana passada, o conselho executivo recebeu o aviso de que a escola tinha sido escolhida para receber o "Prémio Iberoamericano de Excelência Educativa 2007" por um organismo internacional não governamental. "A princípio, julgámos que se tratava de uma brincadeira", confessou João Vilar, responsável do estabelecimento de ensino.
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Mas não estavam a brincar. Em Setembro, no Panamá o Conselho Iberoamericano para a Qualidade Educativa, aguarda a presença dos dirigentes da escola para lhe entregar o prémio, em cerimónia oficial. "Não decidimos, ainda, o que vamos fazer", diz João Vilar. Nessa altura, de facto, já a escola estará fechada e os professores - presidente do conselho executivo incluído - estarão colocados noutro estabelecimento de ensino.»
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Como a notícia referia a origem - Expresso Online (sexta-feira, 29-06-2007) e Rosa Pedroso Lima - fui constatar in loco.
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Afinal, é verdade! Agora, temos que colocar outra questão: como é possível? Ou a Escola não reúne as condições físicas (o que tornaria o prémio ainda mais relevante) ou não tem Alunos (o que transformava o prémio numa impossibilidade).
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Se estamos perante a primeira hipótese, há que dotar a Escola de NOVAS condições físicas ou, no limite, mudá-la para outras instalações - nunca fechá-la!
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Se é a segunda causa, mais valia fechar outra(s) e canalizar os Alunos para esta - a não ser que esta se situe num local demasiado remoto.
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Mais uma vez, fui ver. Fica perto, muito perto, de Monção. Tem 200 Alunos, 10 turmas. O edifício tem ar de ter sido projectado para mais. Mas, nesta região, 200 Alunos valem bem mais, para o futuro, pelo que podem potenciar. Se a vontade for apostar no desenvolvimento da região.
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Pensei no que vai sendo feito com as estações dos correios, com as urgências e os centros de saúde, com as maternidades, nestes meios que sofrem de interioridade e percebi. O futuro não passa pelo desenvolvimento sustentado destas regiões.
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FECHEM A ESCOLA, S. F. F. FECHEM AS EXPECTATIVAS. FECHEM O FUTURO.
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2 comentários:
Foi preciso ires lá para acreditares. Pois é, só quem vive ou viveu no interior é que sente esta realidade. Infelizmente, continuamos a ter o Portugal dos filhos e o dos enteados!
O País dos filhos, o País de Lisboa, aquele que decide tudo, inclusivé quem ganha as eleições, esquece um princípio básico da democracia: todo o cidadão deve ter os mesmos direitos, independentemente do lugar onde vive.
Mas é mais fácil fechar escolas, hospitais ou serviços no interior do que investir em políticas que promovam a diminuição de assimetrias regionais. E sempre sobra mais algum para gastar em assessores, Otas e coisas do género!
Sabes o que é realmente mau? É a fatalidade. É que sobra como sempre sobrou e vai continuar a sobrar como sobra agora.
Ou vês outra possibilidade(real)?
Eu, não.
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