domingo, 8 de julho de 2007

Dizer bem

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O costume é dizer mal. Mas há sempre um tempo em que o bem prevalece e deve ser amplificado.
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Percebi, nas notícias que trataram o tema, que o Professor em causa tinha sofrido bastante mais porque teria tido que trabalhar em componente lectiva, quando não tinha condições para tal.
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Soube, depois, que a Escola o protegeu e, porque estão na corrente, também a Direcção Regional de Educação do Norte e o Ministério da Educação acabaram por o fazer.
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Só não compreendo como podem os media calar estas coisas, jogando apenas com o que é sensacionalista. Não aprenderão nunca esta coisa da verdade ser como o azeite? Ou estarão convencidos que o que parece, não sendo, acaba por ser?
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2 comentários:

pandacruel disse...

O ponto três deste comunicado destoa totalmente do contexto trágico vivenciado e não ocultado e eu, se o escrevesse, arrepender-me-ia. Estando num lugar de poder, o que eu faria era, previamente, tudo agitar para dar condições de uma morte digna àquela pessoa, que nunca seria expô-la numa escola sem tempos lectivos (falar aqui em cumprimento de prazos só se for com este alcance, de outro modo até pode ser ultrajante para a família do morto). Aliás, a viúva disse da sua revolta e tristeza, o professor morreu mais triste com o país em que lhe foi dado viver. Era um professor de filosofia, habituado, a par de outros, de outras áreas, a pensar. ERRO É ERRO - o eduquês na vida não é receita certa, a não ser que estejamos todos de rastos.
O mal maior é admitirmos que a ração é a condição sine qua non para podermos comprar coisas - por este andar comeremos pedras ainda antes do previsto, com tristeza o digo. Instalou-se um clima em que poderes não eleitos são accionados por poderes eleitos, e vice-versa, no sentido de potenciarem a nossa desgraça como seres pensantes - enquanto este nevoeiro não passar, só nos é exigido o gatinhar - é o que acabo de fazer, se me é permitido (esta frase está na moda).

Anónimo disse...

Relativamente a isto, tenho ouvido mais os silêncios que as declarações. Um deles centra-se na Escola. Não digo que todos o fazem, mas a instituição é um conjunto, julgo que numeroso, de pessoas. Manifestam tristeza, imensa. Solidariedade, muitíssima. Mas gritos ou ecos do que eu esperava, não. Será porque ... ou porque? Gostava de perceber.