terça-feira, 5 de junho de 2007

Pequenas contas antes do exame

Com a aproximação da época de exames “apetece” fazer umas “continhas” para projectar resultados possíveis. Refiro as fórmulas usadas nos normativos que regulam as ponderações das avaliações sumativas (interna e externa).

No caso específico do final do 3º Ciclo do Ensino Básico, os alunos (internos) realizam exames a duas disciplinas: Língua Portuguesa e Matemática. A nota final, nestas disciplinas, é dada pelo arredondamento às unidades do valor obtido pela aplicação da fórmula CF=0,7Cf+0,3Ce (CF – classificação final; Cf - classificação de frequência no final do 3º período; Ce - classificação da prova de exame).

O quadro seguinte apresenta os resultados possíveis:
A análise atenta a esta tabela permite enunciar algumas certezas antes de começar a estudar para os exames. Eis algumas delas:

Quem vai a exame com classificação de frequência no final do 3º período de:
- 1, não pode ter classificação final positiva.
- 2, precisa de tirar 4 no exame para ter classificação final positiva.
- 3, deve tirar mais do que 1 no exame para manter a positiva.
- 3, só consegue levantar a nota para 4 tirando 5 no exame.
- 4 ou 5, tem garantida classificação final positiva.
- 4, basta tirar positiva no exame para manter a classificação final de 4.
- 4, nunca ficará com classificação final de 5.
- 5, tem, pelo menos, a classificação final de 4 garantida.


Acresce ainda uma outra: só para os alunos com classificação de frequência no final do 3º período de 3 é que o exame parece produzir mais incerteza: podem manter, descer ou subir. Para os que vão a exame com outra nota só há duas alternativas. Uns mantêm ou descem; outros mantêm ou sobem.

Para quem gosta destas coisas com números é interessante observar as duas tabelas seguintes.
Na primeira, apresentam-se os resultados da aplicação da fórmula sem efectuar o arredondamento às unidades.
Na segunda, apresenta-se o que se pode ganhar ou perder no exame (vejam também as simetrias!).
Analisa-se a diferença entre a classificação final e a classificação de frequência no final do 3º período.
Caso se tratasse de acontecimentos equiprováveis (que não são!) tínhamos algumas conclusões interessantes como:
- A probabilidade de um aluno subir a sua classificação em exame seria igual à de descer: 6/25 (24%).
- A probabilidade de um aluno manter a sua classificação em exame seria de 13/25 (52%).
- A probabilidade de um aluno não descer a sua classificação em exame seria de 19/25 (76%).
Quase que apetecia fazer exame!
É pena estas últimas conclusões não valerem!

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