quarta-feira, 13 de junho de 2007

Bamos lá bere se nos intendemos

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Citar é sempre mais fácil e, muitas vezes, mais adequado do que ser criativo. O escritor Francisco José Viegas perdoar-me-á por usar um seu escrito, mas é bem mais elucidativo do que qualquer outro que eu conheça ou me atreva a fazer. Com a devida vénia:
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Omenagem à hortografia
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Asenhora menistra da Educação açegurou ao presidente da República que, emfuturas provas de aferissão do 4.º e do 6.º anos de iscolaridade, os critérios vão ser difrentes dos que estão em vigor atualmente. Ou seja oserros hortográficos já vão contar para a avaliassão que esses testespretendem efetuar.
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Vale a pena eisplicar o suçedido, depois de oresponçável pelo gabinete de avaliassões do Menistério da Educação ter cidotão mal comprendido e, em alguns cazos, injustissado. Quando se trata dedar opiniões sobre educassão, todos estamos com vontade de meter o bedelho. Pelo menos.
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Como se sabe, as chamadas provas de aferissão não são izames propriamenteditos limitão-se a aferir, a avaliar - sem o rigôr de uma prova onde a notaconta para paçar ou para xumbar ao final desses ciclos de aprendizagem. Servem para que o menistério da Educação recolha dados sobre a qualidade doencino e das iscólas, sobre o trabalho dos profeçores e sobre ascompetênssias e deficiênçias dos alunos.
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Quando se soube que, na primeira parte da prova de Português, não eram levados em conta os erros hortográficos dados pelos alunos, logo ouvealgumas voses excandalisadas que julgaram estar em curso mais uma dasexpriências de mudernização do encino, em que o Menistério tem cido tão prodigo. Não era o caso porque tudo isto vem desde 2001. Como foieisplicado, avia patamares no primeiro deles, intereçava ver se os alunoscomprendiam e interpetavam corretamente um teisto que lhes era fornessido.
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Portantos, na correção dessa parte da prova, não eram tidos em conta oserros hortográficos, os sinais gráficos e quaisqueres outros erros deportuguês excrito. Valorisando a competenssia interpetativa na primeira parte, entendiasse que uma ipotetica competenssia hortográfica seria depoisavaliada, quando fosse pedido ao aluno que escrevê-se uma compozição. Aísim, os erros hortográficos seriam, digamos, contabilisados - embora, como se sabe, os alunos não sejam penalisados: á oras pra tudo, quer oMenistério dizer; nos primeiros cinco minutos, trata-se de interpetar; nosquinze minutos finais, trata-se da hortografia.
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Á, naturalmente, um prublema, que é o de comprender um teisto através de uma leitura com erros hortográficos. Nós julgáva-mos, na nossa inoçência,que escrever mal era pensar mal, interpetar mal, eisplicar mal. Abreviandoe simplificando, a avaliassão entende que um aluno pode dar erros hortográficos desde que tenha perssebido o essencial do teisto que comenta(mesmo que o teisto fornessido não com tenha erros hortográficos). Numafase posterior, pedesse-lhe "Então, criançinha, agora escreve aí um teisto sem erros hortográficos." E, emendando a mão, como já pedesse-lhe para nãodar erros, a criancinha não dá erros.
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A questão é saber se as pessoas (os cidadões, os eleitores, os profeçores,"a comonidade educativa") querem que os alunos saião da iscóla a produzir abundãnssia de erros hortográficos, ou seja, se os erros hortográficos nãotéêm importânssia nenhuma - ou se tem.
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Não entendo como os alunos podemamostrar "que comprenderam" um teisto, eisplicando-o sem interesar a cantidade de erros hortográficos. Em primeiro lugar porque um errohortográfico é um erro hortográfico, e não deve de aver desculpas. Emsegundo lugar, porque obrigar um profeçor a deixar passar em branco oserros hortográficos é uma injustiça e um pressedente grave, além de umadesautorizassão do trabalho que fizeram nas aulas. Depois, porque se ogabinete de avaliassão do Menistério quer saber como vão os alunos emmatéria de competenssias, que trate de as avaliar com os instromentos quetem há mão sem desautorisar ou humilhar os profeçores.
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Peçoalmente, comprendo a intensão. Sei que as provas de aferissão nãocontam para nota e hádem, mais tarde, ser modificadas. Paço a paço, a hortografia háde melhorar.
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