Quem se começar a interessar por esta temática esbarra, nos últimos cinquenta anos, com abordagens as mais díspares, confluindo, todavia, na procura de rigor, ou melhor, na absoluta aproximação a não criar discrepância que redunde em injustiça.
Passados que são trinta anos de moer e remoer, deitam-se muitos desses trabalhos não ao lixo, mas à sorte do esquecimento. Ponderando tudo isso, proponho,simplificando para melhor se matematizar o esquema na memória colectiva, e com base no sistema decimal (que tomou força oficial, em Portugal, já no século XIX):
1. Nenhuma prova que configure exame, no sentido tradicional, deve durar mais de cem minutos efectivos;
2. Nenhuma prova deve ter mais de dez questões;
3. Deve haver diferentes graus de dificuldade nas questões propostas, porém, todas devem valer o mesmo - parecendo isto um factor de distorção e incongruência, ou, se quiserem, uma aberração, estou convicto que é o que falta, em termos de golpe de asa, para tornar o assunto mais atractivo (o povo gosta de jogo).
4. Se o aluno, o formando ou o aprendiz se recusar a fazer seja o que for, deve o responsável ir junto dele e fazer um rabisco qualquer (assinalando, assinando junto), para o estimular - isto, que agora é um «crime» e daria processo disciplinar, um dia será prática corrente.
Ousar vencer (n)os exames não é fácil - porém, quando não se ousa, antes se atrapalha, marca-se passo e compasso, se é que não se (a)recua.
N.B. Declaro que há anos que não corrigo provas de exame convencional e que, se o tivesse de fazer agora, cumpriria com lealdade as regras em uso.
Carlos Sambade
quarta-feira, 30 de maio de 2007
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1 comentário:
Ao meu reengresso a Universidade ao curso de Psicologia,após vinte anos de Licenciatura e ensino da Matemática permaneci preocupada com a veracidade das provas e avaliações na educação formal.Mais ainda com as avaliações aplicadas no curso de Psicologia.Detectando que os professores na formação profissional e desempenho da função de avaliador estavam mais para o ensimesmado do que para a formação do aluno não adequando a turma as necessidades da profissão (CRP)e nem a LDB.Assim escolhi para o trabalho monográfico de conclusão do curso de psicologia o tema, com o título:"Dificuldades em Docimologia",tentativa de despertar o interêsse pelo desenvolvimento desta ciência e capacitação da criação do instrumento, prova e/ou teste ao aluno , à turma, ao ensino, a instituição e a sociedade.
Onde a pesquisa de campo feita por amostragem na própria universidade indicava resultados de provas não verdadeiros.
A monografia foi aprovada pela banca examinadora com nota 9,8 (nove ponto oito e justificativa de que o dez pertencia a Universidade)
A partir desse trabalho devo destacar que sofri atos de exceção dentro e fora da Universidade ao termino do curso de psicologia.
O trabalho apresentado em 1990 se acha registrado e consequências validam a importancia do desenvolvimento científico em Docimologia até porque avaliar é um julgamento e uma relação entre o quem se propõe a ensinar àquele quem se dispôs a aprender,em todos os ensinos formais e tambem prática ética no profissional.Não é?
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