quinta-feira, 3 de maio de 2007

Amizades enobrecedoras

Não somos suficientemente humildes, no que dizemos ou fazemos, porque somos seres limitados. Na visão, na compreensão, na memória.
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Já escrevi o que penso das amizades, entre meros conhecidos e íntimos amantes. Afirmei ter um punhado de amigos, muito menos amantes e muitos, muitos conhecidos. Depois, ao enumerar os primeiros, descobri que eram bem mais do que pensava - e publiquei a silhueta de (quase) todos.
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Quase, porque esqueci de nomear (pelo menos) um deles, de quem me afirmo amigo e de quem ouso esperar recíproco carinho.
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É meu costume não publicar fotos de quem me é chegado. No caso vertente, atrevo-me a alterar esta forma de estar, pois refiro-me a uma pessoa que é notoriamente pública e cuja imagem está já, plenamente, difundida.
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.Falo de D. António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro, e publico aqui excertos de uma entrevista que deu e foi publicada no jornal "O Aveiro". Sublinho passagens que nos são comuns, como o ensino (fomos colegas em projecto tutelado pelo Ministério da Educação e coordenado por Catalina Pestana, o Projecto Viva a Escola, nos idos anos 90) e a sua sagração (espero que este termo seja o correcto) como Bispo de Aveiro.
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D. António Francisco dos Santos
Bispo de Aveiro
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O que esteve na base da sua decisão (ser padre)?
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A minha família era muito cristã e tinha uma grande vertente religiosa. Recebi essa experiência de vida cristã desde criança, no lar. O que me despertou o desejo de ser padre foi a existência de outros seminaristas na minha terra e a presença muito próxima de um sacerdote velhinho de uma aldeia vizinha que vinha periodicamente celebrar à minha aldeia. Vinha frequentemente a minha casa tomar o pequeno almoço com o meu avô e era um espírito de bondade, dedicação, experiência e respeito. O que mais me impressionou foi o que imprimia em nós como testemunho de bondade. Encontrei sempre nele alguém que acreditou que eu ia ser padre.
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Nas horas vagas gosta de…
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Gosto de ler. Leio habitualmente os jornais, diários e semanários, de dimensão nacional e local, e os semanários das dioceses para ver o pulsar das outras igrejas portuguesas. Quando tenho mais tempo, leio livros permanentes, sobretudo de valorização teológica e pastoral. Tenho algumas saudades académicas dos tempos de professor de filosofia e sociologia e procuro deliciar-me também com os livros de âmbito filosófico.
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Notas biográficas
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D. António Francisco dos Santos nasceu a 29 de Agosto de 1948 em Tendais, concelho de Cinfães, Diocese de Lamego.

Entre 1986 e 1991 desempenhou o cargo de vice-reitor do Seminário de Lamego e nos cinco anos seguintes foi Vigário Episcopal do clero e assistente da Pastoral Universitária. Em 1996 foi nomeado Pró-Vigário Geral de Lamego.
Nomeado bispo auxiliar de Braga a 21 de Dezembro de 2004 e, a 19 de Março de 2005, recebe a ordenação episcopal.
Tomou posse no dia 8 de Dezembro de 2006 como novo Bispo de Aveiro.
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Eu estive presente, na companhia de amigos comuns. Foi um dos momentos mais importantes da minha vida, sustentado na excepcional vida de outro. Obrigado D. António, por me ter permitido conhecê-lo. Bem haja e haja tempo para continuar.
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