Pertenço ao grupo daqueles que, não gostando muito do que se vem fazendo, ainda assim considera que alguma coisa tinha que mudar e reconhece que, com a actual tutela, se concretizaram medidas importantes para o futuro da educação.
Os resultados vinham mostrando que não era adequado manter tudo na mesma e os Professores (genericamente falando, pois alguns houve que não se conformaram) estavam demasiado acomodados, sem assumir a existência de problemas graves.
Podíamos - e devíamos - ter feito mais, no espaço de vinte anos em que se implementou, no terreno, a Reforma de Roberto Carneiro e as relevantes alterações promovidas por Marçal Grilo (assim como assim, os dois Ministros mais marcantes na área da Educação, no nosso passado recente).
Também por isso (há outras razões, que aqui não serão pertinentes), sempre que estamos no mesmo espaço e a oportunidade surge, eu e a Sra. Ministra cumprimentámo-nos com simpatia (julgo que mútua).
No passado dia 9 de Março, em Espinho, no âmbito do Programa Ler+ e da assinatura de protocolos entre o Ministério da Educação e algumas autarquias do Norte, a Sra. Ministra terminou a cerimónia de abertura afirmando que as Bibliotecas Escolares passariam a ter, a partir do próximo ano lectivo, os seus Coordenadores a desempenhar essas funções a tempo inteiro.
Boa notícia. Durante algum tempo, a mensagem que era passada apontava para a cega prioridade da actividade lectiva sobre tudo o resto. As Bibliotecas sofreram muito, com essa visão. Neste ano lectivo, muito trabalho ficou por fazer, porque a disponibilidade para desempenhar funções de coordenação era reduzida. O exclusivo da função, no futuro, permite dois ganhos enormes: a formação superior nesta área, que os Coordenadores vão procurar - especializações, mestrados e doutoramentos, já que ficam certos da sua relevância para a Escola e para o desenvolvimento da carreira, que a reconhecerá; e as horas que podem dedicar à Biblioteca, com vontade e prazer, mesmo sabendo que serão 35 as que vão ter que prestar (é a regra para quem não tem componente lectiva).
Este é um passo dado, no sentido certo e como investimento de qualidade.
1 comentário:
Deixa-te de brincadeiras, pá! Esta gente não merece o benefício da dúvida. Criaram ódios inusitados. A malta está de má vontade e não lhes concede o mínimo de consideração. Safa-te a tempo deste tipo de discurso - ou então abraça-o. Há uma enorme indiferênça (mútua?)entre governantes e governados que não perderam o sentido da história da educação e do ensino. Isto não é reformar, mas arrasar. Um dia virá em que me dás razão - para agora mantém-te sem os gabar muito, ou nada, vá. O carácter não é coisa que esteja no seio do trio trauliteiro que que que. Se queriam penalizar quem não cumpre, escolheram a via mais ineficaz e principalmente a mais injusta, olha para o que te digo - não vás na cantiga. Q.to aos sindicatos, bom, essa é outra questão, para outro dia. O ensino não vai melhorar com estas medidas - Regista isto e volta, aqui, daqui a cinco anos,vá lá, para ver de que lado está a razão e o bom senso. Não é ser bruxo nem impor o diktat - basta ver a realidade em que nos movemos, com calma e distanciamento matemático. CS
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