quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
hoje é o peru de ambos os géneros...
domingo, 14 de dezembro de 2008
Gestão e avaliação, duas faces da mesma Escola
Uma carreira com um tronco comum, em que todos exercessem efectivamente a docência, mas em que depois, a partir de um dado momento (6, 8, 10 anos), fosse possível escolher uma área prioritária de acção, frequentando uma formação adequada e de qualidade (nada de formações apressadas em avaliação como agora se passa) e definindo um perfil específico de progressão na carreira, ao qual corresponderia um tipo específico de avaliação.
Claro que este modelo seria de implementação demorada, não economicista e, vão-me desculpar, bem mais adequado às necessidades da escola do que existe e de acordo com o qual, por decreto e simples antiguidade, um em cada quatro docentes foi investido de poderes, vocações e competências especiais.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
(Direito) humano, demasiado humano
O «pai» da pátria democrática falou, voltou a falar de coragem. Pois bem: devia equiparar os cem mil de Março e Novembro de uma só «corporação» aos duzentos mil de Humberto Delgado, que reconhecer coragem a quem tem a maioria absoluta é uma grande coragem na boca de um homem que já deu, evidentemente, o que tinha a dar, isto é, como ele reconhecerá, passou como um comum mortal, e isso também é democracia, afinal. Isto, isso e aquilo.
Parece que os amigos se protegem, nos protegem escondendo-se à nossa frente.
Subir na vida, quando o rei vai nu, significa o quê?
Dá vontade de fugir.
(e é o que, maquiavelicamente, querem).
Até que um dia... (não é o da drª Odete)...
(a Grécia deu sinal, depois Roma).
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Posições do Conselho das Escolas - 3 Comunicado posterior à suspensão
.
.
A Senhora Ministra da Educação reuniu, no dia 25 de Novembro de 2008, com o Conselho das Escolas, órgão consultivo do Ministério da Educação. Apresentou um conjunto de propostas que visam proporcionar as condições necessárias para a continuação do processo de avaliação do desempenho docente neste ano lectivo.
Diversos conselheiros avançaram com sugestões no sentido de melhorar e/ou clarificar, sob o ponto de vista técnico, as medidas apresentadas.
Foi, ainda, salientada a importância da reflexão sobre o desenvolvimento do processo de avaliação até ao final do presente ano lectivo, de forma a encontrar novas propostas para o próximo ciclo de avaliação.
Os conselheiros, genericamente, acolheram as medidas, às quais acrescentaram sugestões que merecerão a análise do Ministério da Educação.
Valadares, Vila Nova de Gaia, 26 de Novembro de 2008.
O Presidente do Conselho das Escolas
.
Posições do Conselho das Escolas - 2 Suspensão da avaliação
Exma. Senhora Ministra da Educação
.
O Conselho das Escolas é um órgão consultivo do Ministério da Educação no que respeita à definição de políticas pertinentes para a educação pré-escolar e os ensinos básico e secundário, em representação dos estabelecimentos de educação da rede pública, nos termos do Decreto Regulamentar n.º 32/2008, de 29 de Março.
No âmbito das suas funções, o Conselho das Escolas reuniu, em Caparide, no dia 17 de Novembro, tendo incluído na ordem de trabalhos o tema “Avaliação do Desempenho Docente”.
A reunião contou, em parte, com a presença da Senhora Ministra, tendo diversos conselheiros efectuado declarações, nas quais foram expostos aspectos que, sucintamente, se enumeram:
1 - inexequibilidade de implementação do modelo de avaliação;
2 - dificuldades ou bloqueios na sua implementação;
3 - perturbação do clima das escolas.
Foram propostas, por diferentes conselheiros, hipóteses que, a seguir, se enumeram:
1 - alteração do actual modelo, quanto à redução do universo de avaliados, número de aulas observadas, revisão do ciclo de avaliação;
2 - “simplificação” do actual modelo;
3 - a sua aplicação em regime experimental;
4 - pedido de suspensão do modelo de avaliação do desempenho.
A Senhora Ministra ouviu os conselheiros e, com o seu acordo, aqueles comprometeram-se a apresentar-lhe as diferentes propostas, por escrito, tendo anunciado que receberia, no dia seguinte, o Presidente do Conselho das Escolas para uma audição formal.
.
Depois da saída da Senhora Ministra, intervieram vários conselheiros, tendo sido apresentadas duas moções para votação pelo plenário:
a primeira, apresentada pelo conselheiro José Eduardo Lemos, propondo a suspensão do actual modelo de avaliação até que o mesmo seja substituído por um modelo competente, compreendido e aceite pela maioria daqueles a que se dirige;
a segunda, do conselheiro, José Mesquita, propondo alterações profundas ao actual modelo.
Após a discussão, a primeira moção (“suspensão do actual modelo de avaliação até que o mesmo seja substituído por um modelo competente, compreendido e aceite pela maioria daqueles a que se dirige”) foi aprovada por uma maioria de trinta votos, tendo-se registado as seguintes declarações de voto de vencido:
.
“Não votei a favor da do pedido de suspensão, uma vez que:
1. a suspensão põe em causa o direito à avaliação dos professores;
2. o modelo contempla o facto de a avaliação ser feita por dois avaliadores que são professores;
3. a suspensão terá implicações na carreira docente.
Rogério Conceição Bacalhau Coelho – Faro”
.
Subscreveram a declaração anterior os seguintes conselheiros:
Carlos José Silva, de Faro;
Conceição Antunes Sousa, do Porto;
Maria Luísa Pereira, do Porto;
Lígia Eudora Figueiredo, de Setúbal;
Fernando Fernandes Sampaio, do Porto.
.
Foram, ainda, apresentadas as seguintes declarações de voto de vencido:
.
“Subscrevo a declaração do conselheiro Rogério Bacalhau acrescido do facto de a recusa colocar este órgão numa posição muito delicada perante a opinião pública e a administração pública em geral.
Mário Agostinho Alves Pereira – Setúbal.”
.
“Votei contra a suspensão do modelo porque acho que o Conselho das Escolas deveria apresentar propostas alternativas e subscrevo a declaração do conselheiro Mário Pereira.
Rui Manuel Costa”
.
“Votei contra a suspensão da avaliação do desempenho porque:
1. a suspensão põe em causa o direito à avaliação dos professores que querem ser avaliados;
2. a suspensão põe em causa as escolas que a estão a implementar;
3. se perde a oportunidade de melhorar o próximo ciclo de avaliação com a experiência que agora se poderia colher”.
O Conselheiro do Distrito de Lisboa – Domingos Santos.
.
“Declaro que votei contra a proposta de suspensão imediata do processo de avaliação apresentado pelo conselheiro do Distrito do Porto José Lemos tendo em consideração o seguinte:
1. Não concordo com a apresentação de propostas de suspensão sem existência ou apresentação de alternativa;
2. A suspensão do processo, neste momento, colocaria em causa de forma irreversível a avaliação docente que é um instrumento que considero fundamental;
3. A suspensão do processo corresponderia a um desrespeito pelo trabalho dos Conselhos executivos e professores que a ele têm dedicado muito do seu tempo ao longo dos últimos meses;
4. Não concordo que se rejeite um modelo de avaliação sem que este seja testado até porque considero que qualquer modelo de avaliação serve os interesses das escolas e dos docentes desde que seja possível adapta-lo à sua realidade permitindo a introdução de alterações de melhoria ao próprio modelo. Acresce que esta possibilidade foi disponibilizada pela Sra. Ministra da Educação;
Caparide, 17 de Outubro de 2008
O Conselheiro do Distrito do Porto – José Ramos”
.
Na sequência da apresentação das declarações de voto, os conselheiros presentes (em número de cinquenta) aprovaram a apresentação de mais uma moção, avançada pelo conselheiro Pedro Araújo, na qual se propunha que o Conselho das Escolas se disponibilizasse para trabalhar no sentido de se encontrar a melhor solução para a situação criada pela eventual suspensão.
Passada à votação, a moção foi aprovada por quarenta e sete dos cinquenta conselheiros presentes, na altura, na reunião.
Valadares, Vila Nova de Gaia, 19 de Novembro de 2008.
O Presidente do Conselho das Escolas
.
Neste caso, simpatizo com as razões apresentadas pelo José Ramos mas, considerando o clima que se vive nas escolas, a posição favorável à suspensão será a mais adequada. No entanto, sem a apresentação de proposta alternativa de solução para a progressão na carreira, não será muito correcto votar favoravelmente a suspensão. Assim, neste caso, proporia um aditamento à proposta vencedora, que possibilitasse aquela progressão (por exemplo, a concretização do mecanismo previsto, no anterior modelo de avaliação, para a atribuição do Bom, com efeitos para o Muito Bom e Excelente do actual modelo).
.
.
Posições do Conselho das Escolas - 1 Director
PARECER N.º 3/2008
ESTATUTO REMUNERATÓRIO DO DIRECTOR
.
(Após considerandos) … emite-se o seguinte parecer:
1. ao director é devido um suplemento remuneratório pelo exercício de funções, que acresce ao vencimento base da carreira docente;
2. aos subdirectores, adjuntos e coordenadores de estabelecimento de 1.º ciclo é devido um suplemento remuneratório, de valor indexado ao do director, que acresce ao vencimento base;
3. o subdirector poderá optar pela leccionação de uma turma, tal como o director;
4. é atribuído à escola/agrupamento um crédito global de horas para o desempenho das funções de adjunto do director, de assessor e de coordenação e gestão intermédia da escola, sendo que, o desempenho de cada uma das referidas funções não dispensa o docente da prestação de serviço lectivo, podendo ser-lhe atribuída apenas a leccionação de uma turma;
5. no caso do adjunto ser docente da educação pré-escolar ou de 1.º ciclo, a respectiva componente lectiva é prestada no exercício de outras funções no agrupamento de escolas;
6. o número de adjuntos é estabelecido em função da população escolar e do tipo e regime de funcionamento da escola, da complexidade e diversidade de ofertas educativas;
7. as escolas devem poder contratar, em regime de tarefa ou avença, serviços externos para assessorias técnicas, desde que as mesmas onerem o seu orçamento de receitas próprias e tenham sido aprovadas pelo conselho geral sob proposta do director;
8. podem ainda as escolas, no caso de não disporem de recursos próprios para o efeito, contratar as assessorias referidas no número anterior, se obtiverem junto do Gabinete de Gestão Financeira a necessária cabimentação de verba.
O presente parecer foi aprovado, por maioria, na reunião do Conselho das Escolas de 17 de Novembro de 2008.
.
Foram apresentadas as seguintes declarações de voto:
“Votei a favor de se incluir novamente para discussão e votação a proposta rejeitada na reunião anterior, por considerar que o contexto em que aconteceria a sua discussão e votação é objectivamente diferente daquele em que foi rejeitada. De facto, essa proposta não foi rejeitada por confronto com outras, como agora iria acontecer, o que poderia alterar radicalmente a sua votação. Para além disso, essa proposta, que agora não entrará na discussão, era a única que salvaguardava os dois princípios que sempre defendi e defendo: que o Director deve ser quem aufere o vencimento mais elevado dentro da Escola, já que é quem tem mais e maiores responsabilidades; e que todos os Directores devem ter o mesmo vencimento, uma vez que a responsabilidade e as competências a exigir a cada um deles são as mesmas em todas as escolas do país.”
Pedro Miguel da Silva Araújo – conselheiro do distrito do Porto.
.
"Votei contra os pontos 8 e 9 do parecer sobre o Estatuto Remuneratório do Director, porque entendo que deve ser o Orçamento de Estado a suportar os encargos com actividades de gestão. A não ser assim, poder-se-ão criar desigualdades nos recursos disponíveis para gerir com eficácia algumas escolas/agrupamentos, visto que, nem todas as unidades de gestão dispõem de equipamentos capazes para gerar receitas."
Jorge José Maia Jerónimo – conselheiro do distrito de Coimbra
.
“Votei contra o parecer aprovado pelo Conselho das Escolas (CE) relativo ao Estatuto Remuneratório (ER) do Director, aprovado em reunião ordinária, em 17/11/2008, pelas seguintes razões:
1. Ao contrário da tese que mereceu o voto favorável da maioria dos membros do Conselho, considero que o Director deve ser o elemento da comunidade escolar que aufere o vencimento mais elevado, entendendo-se por “vencimento” o vencimento base mais o respectivo suplemento. Para alcançar este desiderato, era fundamental que o vencimento devido pelo exercício da Comissão de Serviço do Director tivesse como referencial o vencimento de um docente no escalão mais elevado na carreira. Assim não entendeu a maioria dos conselheiros.
2. A maioria do Conselho também não compartilhou comigo a defesa da tese de que à Comissão de Serviço de Director de uma escola deve estar associado o mesmo vencimento, independentemente da escola onde se exerce essa Comissão e independentemente da carreira de origem de quem a exerce. Com efeito, venceu a tese de que os Directores devem ter vencimentos diferenciados de acordo com a posição que ocupam na carreira de Professor.
3. Ora, nunca se poderia aceitar que a uma mesma Comissão de Serviço e ao exercício das mesmas competências e responsabilidades pudesse ser atribuído diferente vencimento, sob pena de, por um lado, se mutilarem gravemente os princípios de justiça e de equidade e, por outro, se transmitir à sociedade a ideia de que há Directores de primeira e de segunda categoria, conforme o vencimento que auferem.
José Eduardo Lemos, Conselheiro do Distrito do Porto.”
.
Subscreveram esta declaração de voto, ainda, os seguintes conselheiros:
Maria Natália Cabral – conselheira do distrito do Porto;
José Alberto Queirós Ramos – conselheiro do distrito do Porto;
Carlos Alberto Lopes Pereira – conselheiro do distrito de Braga.
.
“Votei contra a proposta de parecer apresentada porque considero que o Director deve ser o elemento da comunidade escolar que aufira o maior vencimento da organização e este princípio não foi contemplado na mesma. Esta posição deve-se ao facto de que considero que o Director exerce as funções em comissão de serviço e que estas comportam um conjunto definido de competências, obrigações e responsabilidades que justificam esta remuneração”.
Joaquim Filho – Conselheiro pelo Distrito de Braga
.
Caparide, 17 de Novembro de 2008.
domingo, 7 de dezembro de 2008
Sensibilidades
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Trapézio
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Provavelmente
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
domingo, 30 de novembro de 2008
A DGRHE faz SPAM!
Nunca o Ministério me escreveu tanto!
Devo estar lisonjeado por tamanha consideração?
Não, estou pasmado com o descaramento desta gente! Agora isto é como quando há eleições num partido político, só que, em vez de SMS, é por e-mail que se faz a propaganda. Recorrem a tudo para me “esclarecerem” sobre a dita simplificação.
Nunca precisei dos vossos e-mails para estar a par da informação.
Já agora, tenham pelo menos a coragem de os assinar como fazem com a “modernidade tecnológica” das assinaturas digitais que colocam nos despachos (que querem que a gente cumpra antes de estarem publicados em Diário da República).
Já agora, fiquem a saber que não mudei de opinião: SUSPENDA-SE!
Já agora, coloquem lá mais uma cruz na estatística da greve: SIM, FAREI GREVE!
Já agora, CHEGA DE SPAM!
Nota:
O termo Spam, abreviação em inglês de “spiced ham” (presunto condimentado), é uma mensagem electrónica não solicitada enviada em massa.
Na sua forma mais popular, um spam consiste numa mensagem de correio electrónico com fins publicitários. O termo spam, no entanto, pode ser aplicado a mensagens enviadas por outros meios e noutras situações até modestas. Geralmente os spams têm carácter apelativo e na grande maioria das vezes são incómodos e inconvenientes.
Spam, http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Spam&oldid=13266929 (last visited Novembro 30, 2008).
sábado, 29 de novembro de 2008
A violência contra quem a combate
Uma professora da EB 2,3 de Jovim, Gondomar, foi agredida por um aluno de 16 anos, a soco e a pontapé, ao início da tarde desta sexta-feira. A agressão ocorreu dentro da escola e a docente esteve cinco horas no S. João, no Porto, a fazer exames.
.
... "Vinha a sair do átrio e o aluno estava aos palavrões, alto e bom som. Não consegui fazer ouvidos de mercador. Chamei-o à atenção e ele começou a disparatar e a afirmar que dizia o que bem lhe apetecesse. Então, disse-lhe para me acompanhar ao Conselho Executivo. Contrariado, lá foi", recordou a docente. A situação acabaria em violência, pouco tempo depois.
"Às 13.40 horas, ia para as aulas, com o computador, a pasta e o livro de ponto na mão, quando, quase em frente ao Conselho Executivo, vejo o aluno a vir na minha direcção, a insultar-me aos berros. Depois, começou a agredir-me", contou a professora, que ainda tentou defender-se. Ficou ferida e com os óculos partidos. Logo ontem, a patrulha da Escola Segura, presença habitual por ali, não estava na EB 2,3 de Jovim.
... Em Jovim, a situação tem piorado significativamente, assegurou, revelando que só nesta semana houve 31 processos disciplinares. "Oito deram em repreensão, os restantes em suspensão", pormenorizou a professora, que dá aulas a alunos dos 5º e 6º anos.
...
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Avaliação de desempenho: outra proposta
Fragmento disperso encontrado no Metro a voar
Fuja quem puder, até 31 de Dezembro, que a pátria agradece.
(os senadores do regime vão reunir de emergência na posição quatro).
terça-feira, 25 de novembro de 2008
E que tal algum bom senso e alguma contenção verbal? Era bom ...
A directora regional da educação do norte ameaça avançar com processos disciplinares sobre todos os professores que pressionem colegas a boicotar o processo de avaliação.
No dia em que os docentes retomam os protestos contra o modelo proposto pelo Ministério da Educação, Margarida Moreira garante, em declarações à TSF, que se o detectar não hesitará um minuto em mover contra eles um processo disciplinar.
«Serei inflexível, se for uma situação de coação, actuarei disciplinarmente se necessário for», adianta Margarida Moreira, acrescentando que aposta no diálogo, mesmo nas situações que lhe parecem «completamente inaceitáveis».
«Por exemplo, ontem dediquei o dia a resolver situações destas, a dizer aos professores que é melhor não irem por aí, os ânimos às vezes estão quentes e arrefecê-los é o suficiente», acrescenta.
A responsável afirma ainda que já foi tomada uma medida para evitar que os professores possam boicotar o processo de avaliação.«Uma das coisas mais criticadas nos últimos dias foi o aparecimento on-line por parte do Ministério da Educação de uma plataforma para que quem voluntariamente assim o quisesse colocasse os objectivos individuais, o que foi considerado terrível e uma forma de pressão. Quero esclarecer que esta situação surgiu porque muitos professores quiseram entregar os objectivos e tiveram outros colegas a dizer que não os recebiam», adianta.
sábado, 22 de novembro de 2008
Outra maldade
O Ministério da Educação esclarece, no seguimento de afirmações alarmistas do secretário-geral da Fenprof, que está a ser ponderada a adaptação do sistema de avaliação dos dirigentes da Administração Pública aos membros dos órgãos de gestão dos agrupamentos de escolas e de escolas não agrupadas.
Oportunamente, os próprios membros dos conselhos executivos serão ouvidos sobre o assunto.
Lisboa, 21 de Novembro de 2008.
O GABINETE DE COMUNICAÇÃO
(in)(cons)ciência
que há-de quebrar-se mais dia
menos dia a corrente bruxa
que uma bruxa pouco perita
em bruxedo proporcionou
Adianta sim exercer
o que é sempre devido
adianta tossir
nem que seja a fingir
ou talvez grunhir
(temos tanta pena dos animais domésticos
tão dados ao dono que os há-de matar)
queres ser comida?
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Salvar a face!
De surpresa e criando alguma expectativa (propositada), convoca-se um Conselho de Ministros Extraordinário para resolver o problema da avaliação. Tudo muito bem montado: o Governo quer transmitir a ideia da união em torno da Ministra e da sua teimosa proposta, da importância do problema (se a memória não me falha, terão sido poucos, nos últimos três anos, os assuntos que motivaram a convocação de Conselhos extraordinários) e entra-se em campanha eleitoral vestindo a pele do governante sensível, condescendente que escuta o seu povo.
Nada de inesperado, repito. Foi algo como isto que levou ao memorando, lembram-se?
Bem, mas que resultou então deste extraordinário Conselho? Será bom que o leiam em:
Nos tempos que correm é importante que a informação nos chegue da fonte, pois os meios de transmissão, às vezes, aplicam-lhe truncagens ou acrescentam-lhe ruído (sim, estou a lembrar-me do que fizeram ao que a Manuela Ferreira Leite disse).
No post “Suspendam, já!”, que aqui deixei há alguns dias atrás, enunciei as quatro razões porque rejeito este modelo. Disse também que três dessas razões ferem princípios, valores profissionais que preconizo. Não encontro nas sete medidas de simplificação que o Governo propõe agora resposta a estas minhas preocupações. Apenas duas das medidas propostas pelo Governo incidem sobre elas:
- “garantir que os professores são avaliados por avaliadores da mesma área disciplinar” não acaba com a avaliação de pares.
- “dispensar, neste ano lectivo, o critério dos resultados escolares e das taxas de abandono, tal como recomendado pelo Conselho Científico da Avaliação dos Professores” não excluiu que, nos próximos anos lectivos, as notas que o professor dê aos seus alunos tenham influência na sua própria avaliação.
As outras cinco medidas simplificam a materialização do processo. O Governo assume assim que era necessário simplificar. Não se percebe porque demorou tanto tempo a reconhecê-lo!
Nenhuma das medidas faz referência à abolição das cotas ao mérito.
Dito isto, não vejo motivo para alterar a minha posição: SUSPENDA-SE!
Nota Final:
Para dizer que estou farto de ouvir a Sra. Ministra dizer que os professores não sabem interpretar a Lei ou o seu espírito (lembram-se que já houve um Ministro que nos proibiu de o interpretar?).
Disse-o quando resolveu que as faltas justificadas dos alunos já não podem dar origem a exclusão.
Chega!
É tempo de assumir a responsabilidade pelo conteúdo da legislação que se assina!
A ratice não devia valer como método e pedagogia, mas é o que temos. Porque não começaram desde logo por aqui, evitando as malvadezas perpetradas ao longo dos últimos três anos?
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Formas de pressão!
“Exmo(a) Sr(a). Professor. Com o objectivo de apoiar as escolas na implementação do processo de Avaliação do Desempenho dos docentes, a Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação disponibiliza a presente aplicação informática a qual irá sendo preenchida à medida que os agrupamentos e escolas não agrupadas vão estruturando o processo. Nesta fase está já disponível a possibilidade de cada docente apresentar os seus objectivos. Uma vez submetidos e tendo em conta o calendário definido em cada Agrupamento/escola, o avaliador do órgão de administração e gestão acede aos mesmos para efeito de validação.A aplicação está disponível no seguinte endereço: https://concurso.dgrhe.min.edu.pt/DefinicaoObjectivos2008.Qualquer dúvida de funcionamento deverá ser colocada ao órgão de gestão, o qual terá apoio através do seguinte endereço:https://concurso.dgrhe.min-edu.pt/PerguntaResposta2
Deitam mão a tudo para assustar o pessoal!
Agradeço a “preocupação” mas não me parece que necessite de usar a vossa aplicação!
Hoje passei-me!
domingo, 16 de novembro de 2008
Suspendam, já!
- O adiar do problema.
- O renascer das cinzas dos sindicatos que aproveitaram a oportunidade para assumirem o protagonismo da contestação.
- A evidência de que esta equipe ministerial dá cartas no que respeita a propaganda e ao exercício (tão comum neste país!) da politiquice.
Esta introdução é necessária para que nos centremos no essencial e não se gastem energias no acessório.
E o essencial é que este sistema de avaliação de professores não serve porque fere a dignidade da escola pública e dos professores. E devemos insistir nos pontos fundamentais que sustentam esta afirmação. A meu ver são os seguintes:
1º) O sistema coloca pares nas funções de avaliador e avaliado.
2º) Usa a avaliação dos alunos como parâmetro na avaliação do professor.
3º) Impõe cotas ao mérito.
4ª) Materializa-se através de um processo impraticável.
Devo confessar que, dos quatro, o que menos me apoquenta é o último. Os três primeiros, no entanto, colocam-me indisposto pois mexem com a dignidade da minha profissão, com aquilo em que acredito, com os próprios valores inerentes a ser professor.
Abro um parênteses para dizer que os valores, sejam eles morais ou sociais, que professo não os encontro nas políticas deste Governo. Por vezes dou por mim a questionar-me se esta gente sabe o que são valores. Mas, embora isso sejam contas de outro rosário, é interessante verificar que o que pegou, em termos de contestação, foi o 4º ponto, a impraticabilidade do processo.
Ora, não se pode cometer o mesmo erro duas vezes! Não se deixe que a habilidade politiqueira resolva outra vez o problema com outro memorando ou coisa parecida.
É tempo de agir! De ser pragmático, já!
Por isso deixem a discussão de alternativas ao modelo. Isso fica para depois.
Concentrem-se no essencial. E o essencial, o agir aqui, é SUSPENDER!
Acho que chegou a hora de aqueles que o podem fazer darem os dois passos que faltam: unirem-se e, a uma só voz, dizerem: SUSPENDEMOS!
Apelo aos Presidentes dos Conselhos Directivos (ou Directores), a todos.
Reúnam-se e decidam: SUSPENDEMOS!
Dêem uma prova viva do exercício da autonomia que tantas vezes pedem.
Está nas vossas mãos!
Coisas da Net ... e dos blogues!
Uma é esta, que vos deixo - não tenho memória de ter visto isto publicado aqui, mas está bem giro. Se alguém o fez, não fui eu. Palpita-me ...
.
sábado, 15 de novembro de 2008
Outro modelo proposto
Corresponder ao final de cada ciclo de progressão, servindo exactamente para definir a passagem ao escalão seguinte.
Corresponder a períodos de três anos – o que implicaria uma progressão na carreira com mais níveis salariais e sem saltos tão grandes entre níveis.
Basear-se na apresentação pública de duas aulas, uma sobre a actividade desenvolvida no período anterior, podendo ser mais geral (apreciação global do trabalho realizado) ou mais específica (apresentar uma intervenção mais particular em torno de um problema) e outra sobre o(s) projecto (s) a desenvolver no período trianual seguinte (actividades não lectivas a dinamizar, projectos inovadores no trabalho em sala de aula).
A prova seria avaliada por um júri que incluísse um elemento do Ensino Superior na área das Ciências da Educação ou da área científica de origem do avaliado, o(a) Presidente do órgão de gestão da Escola, um elemento a designar pelo ME (potencialmente um inspector qualificado para o efeito), um representante da comunidade educativa (por exemplo da Associação de Pais) e o coordenador do Departamento Curricular (no caso da avaliação destes, seria substituído, por exemplo, pelo Coordenador dos Docentes do seu ciclo de ensino). Essa prova contaria para 50% a 70% da avaliação (25% a 35% por cada aula), sendo o restante resultante de uma avaliação realizada internamente quanto ao desempenho do docente em termos de assiduidade, inserção no projecto educativo da escola, cumprimento das actividades lectivas e tarefas não lectivas, numa grelha com não mais de 10 parâmetros.
Esta é apenas uma ideia alternativa que recentraria a avaliação do professor no seu trabalho efectivo e na sua capacidade de o defender, apresentando-o na forma de aulas, exactamente o modo mais elementar e óbvio de expressão desse mesmo trabalho. Deste modo, em vez de avaliações concentradas em períodos específicos do ano lectivo, sobrecarregando-os, a avaliação deveria decorrer em datas variáveis (eventualmente em 3 períodos durante o ano), conforme os grupos de docentes com progressão prevista para determinadas datas, ou intervalos de tempo (porque nem toda a gente tem a progressão alinhada com o dia 1 de Setembro).
E tudo seria imensamente menos robotizado e burocrático. Fugiria às autoavaliações fictícias, mas também não deixaria o avaliado completamente vulnerável à apreciação externa do seu trabalho. E o processo seria público. Mas isto é apenas o resultado de uma curta reflexão individual, com falhas, mais ou menos graves, e omissões mais ou menos óbvias, que outros poderão ajudar a encontrar.
…
Porque o que está em causa – e deve estar no centro das preocupações de todos os que se preocupam com a qualidade do ensino em Portugal – não é a simplificação mas a substituição deste modelo por outro, que efectivamente contribua para a melhoria do ensino e não meramente para um acréscimo desmesurado do consumo de papel, separadores, capinhas plásticas, tinteiros e tempo, sem que daí alguém tire especial vantagem.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Avaliação de Professores - modelos
Uma notícia, veiculada pela rádio, relatando que 45 dos 48 Conselhos Executivos das Escolas de Coimbra, reunidos hoje, reclamam a suspensão do modelo de avaliação de desempenho dos Professores que vigora, aliada ao facto de amanhã, de tarde, estar marcada uma reunião dos Conselhos Executivos de Gondomar, onde estarei presente por ser a área em que estou inserido, antecipou uma decisão minha - concretamente, a de publicar o que penso sobre o assunto.
Não é uma tomada de posição, ou não o é ainda, tanto quanto um exercício de raciocínio que vou construindo, para melhor participar na reunião atrás referida. Até lá, continuarei a meditar sobre o assunto, que ele merece todo esse trabalho (intelectual). Trabalho que me parece estar algo ausente, nos discursos dos Professores que mais clamam. Mas pode ser impressão minha (ecológica pelo menos, pois não gasta papel).
Considerações prévias (ajudam a estruturar o raciocínio)
Havia um modelo de avaliação que provou não servir – não só o público em geral assim pensa, como a maioria dos Professores aceita esta apreciação do modelo anterior. Há, contudo, ainda, alguns irredutíveis Professores que vão continuando a afirmar que bastaria melhorar o anterior modelo, não sendo absolutamente necessário a sua revogação, como aconteceu; mas aceitemos que o modelo, que antecedeu o actual, faliu.
Foi construído e implementado um novo modelo, pela equipa ministerial. É recorrente a afirmação dos responsáveis pelo Ministério da Educação que este modelo resultou de um longo período de negociação. Se negociar significa ceder e aceitar, ainda que em parte, a posição do(s) outro(s), então não creio que isso tivesse acontecido. Emendo: isso não corresponde à verdade.
Este modelo foi implementado, de facto. Está consignado em lei. Lei que foi publicada e está em vigor. Aqui, tenho um (pequeno) problema – nasci, cresci e formei-me numa organização social que considera(va) a lei como algo muito importante, sendo apenas “violável” (característica da lei que pouco ou nada se estuda) se as consequências pudessem ser evitadas. No caso presente, a lei prevê sanções para quem, tendo que avaliar (os avaliadores), não o faça. Os que devem ser avaliados não são obrigados a fazê-lo. Não há, na lei, sanção para os avaliados, apenas uma consequência: não progredirão na carreira. Mas a verdade é que os governantes vão ajudando a acabar com a imperatividade da lei, com as vezes que a mudam sem avaliar o que antes falhou.
É afirmado, também recorrentemente, que quem contesta não apresenta alternativa. Em muitos casos, é verdade. Mas há aspectos que não podem ser ignorados, para quem contesta. Este modelo tem uma filosofia que o enforma, tem uma finalidade clara e está organizado no terreno. Qualquer outro, ou se adapta à filosofia, finalidade e organização existentes, ou rompe com elas. Não há meio termo.
Posição pessoal quanto ao modelo existente
Contesto este modelo. Não creio que um modelo adaptável àquelas condições seja uma boa solução. Por isso, gostava de ter um modelo construído de raiz, o que não é fácil, a meio do percurso, como (já) estamos. E eu não gosto de mudar as regras a meio do jogo, não gosto que as mudem e não gosto do caos. Por muito que custe, este modelo deve prosseguir até ao seu final, que já está aí (Junho 2009). Aceito que não vá. Sei a força que 120.000 contestantes demonstram em época pré-eleitoral. Absolutamente legítima, essa contestação, diga-se. Não há chantagem nenhuma em democracia, quando as pessoas manifestam a sua oposição a uma medida/opção política tomada. Por muitos que sejam. Mas a sua suspensão (do modelo) não me parece ser melhor que o seu sofrimento arrastado, por mais 6 meses.
O que vejo de mal neste modelo? Desde logo, considera que avaliar é uma actividade democrática ou democratizável. Não é. Avaliar é recolher evidências de aspectos considerados importantes, adaptar essas evidências a uma escala (chamemos-lhe assim) e apresentar os resultados que daí decorrem. Em rigor, o avaliador reconhece (ou deve reconhecer) e certifica o que o avaliado demonstra (saber, saber fazer, fazer, saber estar, estar, seja lá o que for, desde que previamente estabelecido, como aconteceu com a tal escala). Apetece dizer, como o poeta: vós, que lá do vosso império avaliais os vossos Alunos, também usais de métodos democráticos para tal tarefa? Cuidado, que pode um Aluno novo querer uma avaliação desse tipo a sério! Convenhamos: vai havendo quem construa avaliações deste tipo. Mas, convenhamos também, não serão os 120.000 ... nem lá perto! Avaliar é terminar processos, também. Não joga muito bem com decisões maioritárias. É tanto assim que os Professores nunca ligaram muito ao facto da avaliação dos seus Alunos ser da competência do Conselho de Turma (em que são todos avaliadores, por acaso. Sem avaliados presentes). Meia dúzia de situações, em cada mil que ocorrem, são resolvidas pelo grupo. As restantes nem sequer são apreciadas na sua fundamentação. É assim, sempre assim foi e sempre será. Fatalismo? Talvez ...
Também por isto não acredito na avaliação pelos pares – muito menos quando o avaliador pode ser o avaliado de amanhã, passando um dos avaliados a avaliador. Esta possibilidade, sempre presente no actual modelo, confunde-me! Eu faço o mesmo que tu, ora avalio-te; mas amanhã, avalias-me tu. Isto pode ser sério? Não me parece. E o avaliador não tem que deter qualquer competência específica para exercer a função. Até pode não a ter, tendo-a o avaliado! Para não me alongar neste item: o avaliador tem que avaliar a componente científica da acção do avaliado e pode não ter qualquer competência nessa componente. Alguém que me explique como demónio isto pode resultar, na prática (um avaliador de Visual avalia um avaliado de Educação Física. Ou vice-versa). Chega a arrepiar, a simples ideia. No entanto, é uma realidade, não apenas uma perversidade.
Outra particularidade que nem sequer entendo. Avalia-se ao longo de dois anos, várias vezes, regista-se, informa-se e o avaliado vai percebendo como está a ser avaliado. Pode (tem que poder, está na essência do sistema) reclamar de todo e qualquer acto avaliativo. Isto tem vantagens, reconheço. O avaliado pode sempre alterar comportamentos, para obter melhores resultados. Mas o custo (conflitualidade) vale esse ganho?
Na sequência da vontade de ser breve: este modelo determina que todo o resultado está condicionado, directa e necessariamente, ao trabalho do Professor em termos individuais. Que a acção do grupo, da equipa, é menos relevante, nas aprendizagens, que o que cada um faz. Até pode (ainda) ser verdade, esta permissa. Mas não é isso que todos os pedagogos dizem. Ou os estudos sociológicos. Ou a realidade que nos cerca. O que nos dizem é que, se ainda assim é, deve ser alterado rapidamente. Se o modelo de avaliação existente assenta na acção do indivíduo, onde vai parar esse desiderato? Só pode ser ao lixo, que a acção não vai considerar nada disso! O evitar a saída da Escola de um Aluno decorre da acção de uma pessoa? Absolutamente inacreditável! Mas é o que afirma, peremptoriamente, este modelo.
Proposta de modelo alternativo
Vamos à alternativa, que tenho. Não é um modelo estrangeiro que estudei, não resultou de actividade científica que desenvolvi nem da conjugação de teorias que entranhei. É produto do dia-a-dia, da experiência, da testagem, da reflexão e da projecção dos resultados que concebo. Por isso, será sempre um modelo (algo) falível. Porque este documento já vai longo, sintetizarei o modelo e virei defendê-lo, nas suas componentes, mais tarde. Para já, divulgo-o:
Acabar com a divisão entre Professores Titulares e Professores (esta distinção, na carreira, está ao serviço da filosofia que atrás falava, a do edifício educativo que se erigiu nestes 3 anos de governação).
Acabar com a avaliação pelos pares (se se pretende manter este tipo de avaliação, não sei como se pode ser contra a divisão dos Professores. Quem grita que se deve acabar com a divisão mas quer ser avaliado por um colega, tem que explicar como, porque eu desconheço uma solução praticável, nessas condições).
Acabar com a noção de responsabilidade individual pelos resultados do insucesso e do abandono (não dependem, nunca, de uma pessoa, logo não devem ser reduzidos ao que um qualquer fez ou deixou de fazer). Como se resolve, sozinho, um abandono por dificuldades económicas da família? Mesmo em equipa, ainda que multidisciplinar, isso é missão quase impossível, como se pode sequer pensar que o A é responsável ou vai ser capaz de inverter esse abandono?
Manter a avaliação bicéfala – a avaliação dos aspectos científicos é concretizada por especialistas externos (inspectores da área cinetífica, formados, como já estão, para avaliar, ou avaliação por entidades externas acreditadas, seja de empresas/organizações específicas, seja oriunda do ensino superior) e os aspectos funcionais/organizacionais/relacionais são avaliados pelo dirigente máximo do serviço – o actual Presidente do Conselho Executivo, por exemplo. Os aspectos pedagógicos da acção do avaliado podem ser entregues a um dos sugeridos ou ser partilhados, conforme os estudos científicos demonstrem ser mais adequado. Não deixo de considerar a possibilidade da avaliação estar entregue apenas ao Presidente do Conselho Executivo, servindo a inspecção/organização para dotá-lo de informação pertinente, sempre que o solicite ou seja programado superiormente. Mas reconheço que esta solução “funcionaliza”, em demasia, o Professor. Para quem teme a avaliação externa, estamos todos os dias a ser a ela sujeitos. Daí não tem vindo mal ao mundo, antes pelo contrário!
Deve ser simplificado, desburocratizado e recentrado. Deve partir dum reduzido número de parâmetros, não multiplicados posteriormente num infindável número de itens/grelhas/fichas que só complicam e afogam tudo e todos. Deve ser suportado em documentos simples, concretizados num momento específico, pré-determinado e limitado ao final do processo. Assim será, seguramente, menos reclamável/contestável.
E, julgo ser este o aspecto mais relevante, deve incidir, sobretudo, no trabalho desenvolvido pelo conselho/departamento/grupo, em vez de se centrar no indivíduo. Ao avaliar a equipa e fazer reflectir em todos o mérito ou desmérito (e os resultados também são considerados, sobretudo na vertente positiva, de aumento de alunos e de sucesso) é possível espelhar a avaliação na qualidade dos resultados da escola.
O modelo em vigor não tem condições para se reflectir na melhoria dos resultados da instituição – antes se perspectiva como seu condicionador. Esta alternativa apresentada terá essa virtualidade. É, pelo menos, o que penso.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Não foi no verão. E agora?
domingo, 9 de novembro de 2008
do carácter
+ digo bem, lamentavelmente: as criaturas que nos dirigem raramente se rebelam e, se o fazem, é contra o elo fraco.
* comatoso, ainda que com esgares que se mesclam com a alegria e a confundem.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Maravilhas só em Olissipo
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Sentimento estranho
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Indicadores~! + « &#= # $
Objectivos individuais ============== ====== === ------ _______ ---------
Objectivo: salvar a pele com protector 100
Indicadores: o da mão direita, nos dextros, o da mão esquerda nos sinistros (é de lei, nada de conotações), um terceiro no bolso da blusa.
Referentes: são relativos, por definição. O melhor é não ligar muito a febres passageiras. o futuro está noutro lado, sempre esteve.
OITO - OITO - OITENTA POR CENTO ESTÁ COM VONTADE DE MANDAR A ALBARDA AO CHÃO (o burro sou eu?).
sábado, 1 de novembro de 2008
Capitalismo selvagem. Assim mesmo.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
(coisa que veio de fora, a
noite assim designada,
não as ditas,
que são universais
como as estrelas,
os mitos e as deusas)Amanhã
é O Dia de Todos os Santos e
a seguir
O Dia dos Fiéis Defuntos
Há quem diga que o primeiro
casa mal na
sequência
O que sabemos é que
se deve ter vida privada
expondo-a na
net
através
da verdade
que tem sua assumpção
suprema em
toda a ficção que
se preze
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
domingo, 26 de outubro de 2008
andando
nas linhas
nem todos
foram
arrasados pelos
boches
ou pelas
ianques
ou ainda pelas
peludas
parisienses
De modo que a vida
parece dar
mostras
na montra
fora do porto
de
amsterdam
fora daquela
cidade
sob
a
ira
com Brel
grand
Jacques
a dar a
ver
em mono
antigo
e volume médio
somos som
sem som.