domingo, 18 de novembro de 2007

BomDiaCoisasDeCima

I - O bom professor, hoje, apresenta resultados, é cordato tanto na sala de aula como na sala de professores, dá-se bem com os funcionários e, quando tem de intervir (?!), fá-lo a partir de:

a) Uma prévia, ainda que sumária e instantânea, ponderação das consequências do seu agir;
b) Um acumular de tensões desfragmentadas que, na expansão, não abale a confiança que nele é depositada.

II - Participar na vida das escolas é vivenciar roupagens, na diacronia e na sincronia, com malha ora frouxa ora apertada, na submissão a olhares que enebriam e levam muitos a vender as varandas, outros a seguir o seu caminho sabendo que-que-que, outros e outras, ainda, a (não) terem pena de ser como são, em face do contexto em que lhes é dado exercer a profissão e do mundo em que lhes é dado serem bons sobreviventes.

III – Pequenas tempestades, em face de grandes martírios e de tragédias à antiga – oh, Felícia, fica sempre um espaço para a energumania te acusar de seres bela ou bruxa e, por uma caxa, dares tudo, naquele instante louco dos deuses – fazem dos poderes instituídos farrapinhos de cetim: que se há-de dizer quando, perante acusações tremendas na praça pública, a gente assobia e vai à vidinha, contempla o grassar não apenas do desemprego mas também do multifunções amigo e ao mesmo tempo inimigo do rei e da amante da rainha?

III – A avaliação daquele e daquela que, expondo-se, se gastam e se regeneram, passam à frente-por-vezes-de-lado e, agitando-se no milieu, saem do Rainha e vão logo direitos à Marquês, num tempo recuado em que os pais estiveram a beber canecos de geropiga e de cevada forte, recuados em home sweet home, a avaliação, ia dizendo, faz, também ela, de per si, toucinho do céu (de picos, urtigas cavalares, figos de palmeiras que só com lenço se deixam agarrar, vidro moído em estômago de cão que acabou de colocar às portas da morte o serviçal, e não de rosas, cravos com aroma, buganvílias e talvez ginkobilobas em dia balsâmico em que tocam campainhas quando tudo está, por assim dizer, acabado.

IV – Serviço é serviço, conhaque é conhaque – e saber que um tal Torcato Sepúlveda (grande nome) escreveu, em duas folhas do suplemento do JN de sábado, 17 de Novembro de 2007, um bom artigo sobre o que os franceses e os ingleses nos fizeram, há duzentos anos, iss não conta para avaliação? E gastar dinheiro do meu bolso a fotocopiar, andando num toyota, de dois lugares, novinho em folha, fornecido pela escola, com rede separadora entre o habitáculo de passageiros e a parte de trás (salvo seja) da carga nobre-porque-dada-a-ser-semeada, quase sem me alimentar a não ser das notícias já gelatinosas da tsf: nada disso conta? Que diabo, o bloquista é o melhor em setenta mil e, para além do mais, faz da terra lhana das bugas o seu recreio de eleição (estou magro).

V- Esta é para as moças fazerem, as que já são diplomadas.

VI – Este é para o mestre fazer (pode ser um analfabeto).

(Esta a primeira parte do B a G).

1 comentário:

pandacruel disse...

inebriar, e não enebriar, porra.