sábado, 15 de dezembro de 2007

Que grande estucha

Esta e aquela gentes não têm emenda (é o norte do mundo, e não parece): quem queira fazer pedagogia a partir do grande tratado ora assinado em Lisboa, há-de vestir a pele de um pobrezinho. Até aqui ainda vou:

- altera-se o tratado fundador, isto é, não se revoga;

- o documento é assinado por uma alteza (Luxemburgo), por um governo de um reino (Suécia), por xis majestades e n presidentes de república;

- as alterações, do tipo horizontal e específico, reportam-se ao preâmbulo, aos princípios, à política interna e à externa, ao modo de funcionamento das instituições, à segurança e à defesa, nomeadamente enquanto deduzidas a partir da política externa.

Sobram perto de trezentas páginas de produto de gabinete(s) de administração, de uma laicidade muito pobre e de uma sacralidade diabólica, remetendo para as calendas o valor que, no eixo positivo, se eleva, a partir da tragédia que a Europa fez o favor de representar no areópago das nações , das tribos, dos povos, desde que a história está escrita.

Não durmas com o rei, na cama da rainha; não vás às cavalitas do (sic) alteza, do governo brilhante ou do presidente eleito por nós, em geral: como todos são gente comprometida, cabe-te seres livre para sempre, ainda que seja nas costas de um (por-ventura) tatuado. Não fugirás a quem , deveras, te enfeitice.

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