segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Manuel Hermínio Monteiro

Natal, na província neva...

Ande-se por Portugal de norte a sul, nesta altura, e sentimos logo as marcas do Natal. Pequenos e grandes presépios. Cedros iluminados. Pais Natal de borracha. Ruas enfeitadas e milhares de luzinhas buliçosas e polícromas que nos piscam por detrás das vidraças. O presépio mais conhecido é o de Alenquer. A aldeia mais preparada a preceito é Sande, entre Lamego e a Régua, autodenominada «o presépio da Beira Alta». Nas terras do Norte juntam, ao sabor dominante do bacalhau, o polvo. Come-se por todo o lado filhós, sonhos e rabanadas. (...).

(...). As raparigas organizam a sua festa no princípio do ano, pelos Reis ou pelo São Sebastião. Saem então para o campo para comer um bolo fabricado especialmente para esta ocasião a que chamam o rei. Diz o povo que «saem ao campo para comer o rei».

Monteiro, M. H. (2004). Urzes. Lisboa: O Independente

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