quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Contra a pequenês e em nome dos que desanimam da pedagogia

Cantará um galo no Castelo de Faria se...

...as cartas ao poder ou ao contra-poder passarem por aqui:

- abertura de concurso para que os doutorados e pós-doutorados assumam um papel científico-pedagógico (com prioridade para o primeiro tramo), que se há-de traduzir na elaboração de relatórios não laudativos (o país tem caminho a arrepiar, a juventude não se cansa e a auto-estima está na média) em torno da actividade das escolas em que deveras assentem pé todo o ano, integrando os seus quadros e sujeitando-se a exposição pública.

- admissão alargada de reclamações e exposições, por parte de quem se sente injustiçado, para além do Agosto habitual de férias, dando provimento a milhares dos catalogados – nossa senhora, ao fim de três décadas de ensino, muitos deles – de «NÃO PROVIDO».

- abertura de um período de aposentações antecipadas sem aquela penalização que leve mais de vinte e cinco por cento dos direitos supostamente adquiridos por se terem meia dúzia de anos a menos na conta sinistra derivada das regras mudadas de supetão (o ser assim para todos é uma afirmação pobrezinha).

- fim da descaracterização funcional que tem permitido, a alguns conselhos executivos, coagirem docentes especializados num ramo do saber e num determinado ciclo de ensino, tomando-se literalmente conta de crianças fora do recinto escolar habitual e de uma forma abstrusa por que impiedosa e desastradamente polivalente (a história recente dos agrupamentos permite leituras enviesadas e anti-pedagócias, se o fulano ou fulana que tem as galonas naquele momento assim o entender).

- culto da humildade esclarecida pelos contributos não apenas dos pares mas também dos subordinados e de outros.

2 comentários:

pandacruel disse...

Ressalvo, pelo menos: pequenez, em vez de pequenês, e anti-pedagógicas em vez de anti-pedagócias.

piupardo disse...

Que diabo, fico com a suspeita que, para além do militante assumido, penando por um líder, há neste canto uma costela revolucionária, a lembrar o livro vermelho, promovendo a destruição para construir de novo. Ora, eu que sempre me alinhei, na juventude, pela 4ª internacional, fico meio entalado nestas ideias.

Mas relembrei uns princípios organizacionais dos departamentos, com dois ou três "titulares" a assentar no Pedagógico, de preferência doutorados e mestrados, como forma de bem (re)estruturar as Escolas.

Lembro outra canção: o tempo passa e vai passando e deixa tudo para trás, tens que fazer pela vida ou a vida faz-te, rapaz.

Neste caso, ou a vida faz-te do(c)ente. Fé em Deus! Até eu sou titular! Porque não acreditar que os dias que se desenham vão ter mais luz?