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A Formação é contínua. A Formação Pessoal realiza-se ao longo da vida. A Formação Docente é intelectualmente mais exigente.
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São três afirmações interligadas e inseparáveis, se se considerar que se destinam aos Professores. Serão pacíficas, para todos.
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A motivação tem origens intrínsecas e exteriores ao indivíduo. As motivações intrínsecas registam níveis/graus correspondentes ao nível de formação do indivíduo. Os Docentes devem registar níveis ou graus elevados de motivação intrínseca. Na carreira dos Docentes estão contidos os mais relevantes factores exteriores de motivação.
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Poderá não ser tão pacífica, esta visão, mas é, no mínimo, aceitável.
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A Formação de Professores acontecer por decreto, por imposição legal, é uma realidade estranha. Por isso, a questão fundamental: é necessário impor, legalmente, Formação aos Docentes?
Sem estudos científicos a suportar a resposta, apenas com a sensibilidade e experiência de quem se movimenta nesse mundo há duas dezenas de anos, direi que sim, é absolutamente necessário. Porque uma parte significativa (que não tem que ser maioritária) dos Professores, se tivesse livre arbítrio nesta questão, acomodava-se à formação básica e assim continuaria.
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A imposição legal reduz a Formação obrigatória à área científica do indivíduo e às necessidades registadas pela Escola onde desempenha funções. A formação de cariz pessoal, de desenvolvimento pessoal, não está contida neste âmbito compulsivo. Mais: para ligar a Formação à carreira, no período avaliativo, o Docente tem que fazer formação nas duas áreas. Isto é correcto?
Com as mesmas condicionantes da anterior, a resposta é, aqui, negativa. A Formação pessoal é tão relevante quanto a restante. A relação pedagógica vive desta e é tão (ou mais) importante nas aprendizagens quanto as outras formações. E estas não podem (devem) ser impostas na sua natureza: há quem precise de formação científica para melhorar, devendo apostar só nela, e há quem deva responder só às necessidades da Escola. Deveriam ser estes agentes - Professores e Escola - a decidir qual a mais premente, em cada momento (avaliativo). Para ter a possibilidade de receber motivação externa (progredir na carreira), o Docente não deveria estar sujeito a Formações que nada lhe dizem ou não são relevantes para a instituição onde trabalha. Ou seja, como está previsto, uma motivação (intrínseca) pode ter que ser afastada para se aceder à motivação exterior. Isto é, na prática, um disparate.
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Idêntica asneira está na imposição de quotas para acesso aos níveis superiores da carreira. Criar novas exigências para esse desiderato, ser excepcionalmente exigente, só promover quem atingisse, nestas condições, níveis qualitativos de excelência, níveis esses confirmados por pares ou por outros, seria uma solução bem mais adequada – mantinha os níveis de motivação exterior elevados.
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Mas este aspecto da questão parecer ser chão que já deu uvas.
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São três afirmações interligadas e inseparáveis, se se considerar que se destinam aos Professores. Serão pacíficas, para todos.
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A motivação tem origens intrínsecas e exteriores ao indivíduo. As motivações intrínsecas registam níveis/graus correspondentes ao nível de formação do indivíduo. Os Docentes devem registar níveis ou graus elevados de motivação intrínseca. Na carreira dos Docentes estão contidos os mais relevantes factores exteriores de motivação.
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Poderá não ser tão pacífica, esta visão, mas é, no mínimo, aceitável.
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A Formação de Professores acontecer por decreto, por imposição legal, é uma realidade estranha. Por isso, a questão fundamental: é necessário impor, legalmente, Formação aos Docentes?
Sem estudos científicos a suportar a resposta, apenas com a sensibilidade e experiência de quem se movimenta nesse mundo há duas dezenas de anos, direi que sim, é absolutamente necessário. Porque uma parte significativa (que não tem que ser maioritária) dos Professores, se tivesse livre arbítrio nesta questão, acomodava-se à formação básica e assim continuaria.
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A imposição legal reduz a Formação obrigatória à área científica do indivíduo e às necessidades registadas pela Escola onde desempenha funções. A formação de cariz pessoal, de desenvolvimento pessoal, não está contida neste âmbito compulsivo. Mais: para ligar a Formação à carreira, no período avaliativo, o Docente tem que fazer formação nas duas áreas. Isto é correcto?
Com as mesmas condicionantes da anterior, a resposta é, aqui, negativa. A Formação pessoal é tão relevante quanto a restante. A relação pedagógica vive desta e é tão (ou mais) importante nas aprendizagens quanto as outras formações. E estas não podem (devem) ser impostas na sua natureza: há quem precise de formação científica para melhorar, devendo apostar só nela, e há quem deva responder só às necessidades da Escola. Deveriam ser estes agentes - Professores e Escola - a decidir qual a mais premente, em cada momento (avaliativo). Para ter a possibilidade de receber motivação externa (progredir na carreira), o Docente não deveria estar sujeito a Formações que nada lhe dizem ou não são relevantes para a instituição onde trabalha. Ou seja, como está previsto, uma motivação (intrínseca) pode ter que ser afastada para se aceder à motivação exterior. Isto é, na prática, um disparate.
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Idêntica asneira está na imposição de quotas para acesso aos níveis superiores da carreira. Criar novas exigências para esse desiderato, ser excepcionalmente exigente, só promover quem atingisse, nestas condições, níveis qualitativos de excelência, níveis esses confirmados por pares ou por outros, seria uma solução bem mais adequada – mantinha os níveis de motivação exterior elevados.
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Mas este aspecto da questão parecer ser chão que já deu uvas.
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Férias, aí vamos nós. Voltamos já, já.
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