sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Mudar para melhor

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O fim da estrada da morte - A 3 de Julho, uma mulher morreu na A25, na saída Viseu/Norte, junto a Boaldeia. Foi o primeiro e único acidente rodoviário com vítima mortal registado após a conclusão, a 30 de Setembro de 2006, da transformação do IP5 em auto-estrada. A mulher, cuja identidade não foi revelada, seguia ao lado do condutor quando o carro se despistou, cuspindo-a violentamente para a faixa de rodagem. O acidente foi a excepção de uma paz, quase completa, na estrada que sucedeu ao pesadelo do IP5, via onde morreram, desde a década de 80, centenas de pessoas, a uma média de 25 por ano.
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Esta é uma notícia do JN de hoje. Para mim, a única notícia que o Jornal devia destacar. A transformação de uma via que somava 25 mortes por ano (IP5) numa outra em que morre apenas uma, pelo menos por agora, tem que ser A NOTÍCIA do momento.
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Há mais coisas boas a apontar?
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2 comentários:

pandacruel disse...

Também na ponte nova sobre o Douro, em Castelo de Paiva, feita num instante e em cima do desespero, ainda não caiu nenhum veículo ao rio - o que não tira sombra, luto e sufoco às famílias-dos-mortos-que-ainda-existem.
E por que é que os media não falam nisto? Porque, a faze-lo, com seriedade, teriam de indexar o rasto dos projectistas e dos políticos que consentiram, por exemplo, traçados como os há no IP4 e no IP5, e isso poderia empanturrar os tribunais, num Estado de Direito.

Anónimo disse...

Concordo, é verdade e não deverão ser, sequer, esquecidos esses passados e essas responsabilidades.

Mas realçar o que se faz bem (de raiz) ou para emendar o que foi (imper)feito, pode ser uma alavanca para construir as vontades necessárias a outras obras com idêntica qualificação.