segunda-feira, 24 de março de 2008

Unhadas no Bairro das Condominhas

Dadas, supostamente, por uma docente na flor da idade, há uns cinco anos, a par de mão relativamente pesada sobre a zona da cabeça de crianças - e não aceitou o acordo que consistia num mero pedido de desculpas aos pais - li, reli e quase não acreditei, no Jn de hoje. Como o assaunto está em tribunal e o julgamento - se bem interpretei - decorre, nada a acrescentar, a não ser o facto de os alunos terem sido «todos» transferidos e de a docente que tomou conta deles tesmemunhar reacções de medo pelo menos num deles. A par disso, vem uma investigadora UM a aconselhar cautelas e caldos de galinha, tudo relacionável, pela mão de quem escreve, com o caso Carolina.

Quem anda pelas escolas sabe que a vida não se faz de epifenómenos. Sabe, mais: que, por mais que se apresente o bom e o mau, o cerne do escolar deixou de ser, há muito, o ensino puro e duro, o que, naturalmente, nos empobrece a todos. Como se há-de saber matemática? Os assuntos são aligeirados, no geral assim recomendam as boas práticas, usos e costumes. Há momentos, em todas as disciplinas, em que o aligeiramento de certos aspectos capitais é fatal para o aprender e progredir; é preciso ir ao tutano, perceber bem, exercitar melhor.

Se os normalmente ambiciosos programas forem para cumprir na íntegra e se disso se vier a pedir contas que vão para além do exame - que vale 30%, ou por aí - bom, o desastre é maior do que aquele que vem sendo apontado. Como sair disto? Julgo que só tornando público o que se faz e não faz nas escolas (públicas). Só que tudo isto é como os mortos ignóbeis que Felícia Cabrita vem, hoje, levantar, também no JN, que começaram - quem diria - logo nos anos 50 XX, em São Tomé - isso não interessa à maioria desvendar, nem brancos nem pretos. Os brandos costumes não fazem forte a fraca gente mas ajudam a passar, o que é preciso, afinal, é... passar.

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